ESCOLHA DA PROFISSÃO DO ADOLESCENTE: PRÉ-TESTE

CHOICE OF THE PROFESSION BY THE ADOLESCENT: PRE-TEST

ELECCIÓN DE LA PROFESIÓN POR EL ADOLESCENTE: PRE-TEST

José Edson Silva 1 (joseedson853@gmail.com)
Márcia Maria Dias Reis Pacheco 1 (marreispacheco@gmail.com)

1 Universidade de Taubaté (UNITAU)

Resumo

Este estudo tem como objetivo apresentar o instrumento ‘pré-teste’ como meio de calibração do questionário elaborado para a coleta de dados em pesquisa científica, com fundamentação na proposta de Gray (2012). A aplicação do questionário pré-teste ocorreu numa escola pública estadual localizada num município da Região Metropolitana do Vale do Paraíba Paulista e Litoral Norte. Houve a participação de dezessete (17) adolescentes do ensino médio. O questionário aplicado tem o caráter socioeconômico e foi composto de cinquenta e quatro (54) questões fechadas com sua estrutura voltada para o tema da escolha profissional. Os dados coletados foram lançados em planilha eletrônica e organizados em gráficos permitindo a análise e a discussão dos dados. Os resultados alcançados com o uso do pré-teste mostraram as potencialidades e fragilidades do questionário, bem como evidenciaram as lacunas e as oportunidades de ajustes neste instrumento que se refere a uma pesquisa em andamento. Além disso, foi possível o aprofundamento no entendimento do objeto de pesquisa por meio dos dados coletados em pequena escala, reafirmando a relevância do tema estudado.

Palavras-chave: Pré-teste, Questionário, Escolha da Profissão, Adolescência.

Abstract

This study aims to present the instrument ‘pre-test’ as a means of calibration of the questionnaire prepared for the collection of data in scientific research, based on the proposal of Gray (2012). The application of the pre-test questionnaire occurred in a state public school located in a municipality of the Metropolitan Region of Paraíba Paulista Valley and North Coast. Seventeen (17) high school adolescents participated. The applied questionnaire has the socioeconomic character and was composed of fifty four (54) closed questions with its structure focused on the theme of professional choice. The collected data were published in spreadsheet and organized in charts allowing the analysis and discussion of the data. The results obtained with the use of the pre-test showed the potentialities and fragilities of the questionnaire, as well as the gaps and opportunities for adjustments in this instrument that refer to an ongoing research. In addition, it was possible to deepen the understanding of the research object through the data collected on a small scale, reaffirming the relevance of the studied subject.

Keywords: Pre-test, Questionnaire, Choice of profession, Adolescence.

Resumen

Este estudio tiene como objetivo presentar el instrumento “pre-test” como un medio de calibración del cuestionario diseñado para recoger datos sobre la investigación científica, indicando los motivos de la propuesta de Gray (2012). La aplicación del cuestionario previo a la prueba tuvo lugar en una escuela pública ubicada en un municipio de la región metropolitana de Sao Paulo Valle de Paraíba y la Costa Norte. Hubo la participación de diecisiete (17) adolescentes de secundaria. El cuestionario tiene el carácter socioeconómico y se compone de cincuenta y cuatro (54) preguntas cerradas con un marco normativo específico para el tema de la elección de carrera. Los datos recogidos fueron liberados en la hoja de cálculo y organizados en los gráficos que permiten el análisis y la discusión de los datos. Los resultados obtenidos mediante la prueba preliminar mostraron las fortalezas y debilidades del cuestionario, así como puesto de relieve las deficiencias y oportunidades para los ajustes en el presente documento lo que aquí se refiere a un estudio en curso. Además, fue posible profundizar en la comprensión del objeto de investigación a través de los datos recogidos en una pequeña escala, lo que confirma la relevancia del tema estudiado.

Palabras clave: Cuestionario de Pre-Test, Elección de Trabajo, Jóvenes.

 

Introdução

A escolha da profissão é um processo complexo. As variáveis que compõem este tema demandam análise crítica. Dentro do conceito de ‘vocação’ por exemplo, na perspectiva da psicanálise, menciona-se que “O problema é bastante profundo, porque, em última análise, deve-se considerar por que as pessoas fazem alguma coisa, em lugar de não fazer nada” (BOHOSLAVSKY, 2015, p. 48).

Logo, tal debate discutido à luz da adolescência remete a projeções, pois o “futuro implica desempenhos adultos e se trata [...] de um futuro personificado” (BOHOSLAVSKY, 2015, p.28). Isso quer dizer que as escolhas profissionais têm linhas de contorno específicas nas diferentes fases de vida do sujeito. Em se tratando do indivíduo adolescente, a projeção futura referenciada num adulto exerce influência em sua escolha presente.

Por conta da percepção crescente sobre a importância da escolha profissional que atenda as exigências do mercado de trabalho a sociologia também tem se ocupado de estudar este tema: “Esta é uma das razões essenciais pelas quais a atenção dos sociólogos se deslocou claramente da análise do trabalho e das profissões para a análise do funcionamento dos mercados de trabalho” (DUBAR, 1997, p.162).

A pesquisa em desenvolvimento no âmbito de um programa de mestrado que busca compreender o processo de escolha da profissão do jovem do ensino médio carece de instrumentalização suficiente para coleta de dados que supra suas necessidades de respostas. Para tanto, foi decidido o uso do questionário para aplicação em todo o ensino médio da escola onde os dados estão sendo coletados. Dessa forma, com o objetivo de criar um instrumento eficaz para a coleta de dados que permitisse responder às inquietações do presente tema, utilizou-se o pré-teste como forma de refinar e, acima de tudo, ajustar o questionário a ser utilizado na pesquisa em andamento.

O presente estudo traz em sua organização fundamentação teórica, metodologia, análise dos dados, os ajustes realizados e as considerações finais.

 

1 A escolha profissional na adolescência

A adolescência é um período de mudanças biopsicossociais, e por isso caracteriza importante transição para o indivíduo, como afirma Lara et al. (2005, p. 57) ao dizer que “Durante esse período, o jovem fica num estado de desequilíbrio [...]”. Para Berger e Luckmann (2013, p.35), “A vida cotidiana apresenta-se como uma realidade interpretada pelos homens e subjetivamente dotada de sentido para eles na medida em que forma um mundo coerente”. Dessa maneira, pode-se pensar que o adolescente procura as escolhas que tenham significado e que dialoguem com seus ideais, sobretudo que lhe tragam sentido.

Pode ser que o adolescente não tenha total clareza sobre o contexto em que se insere, mas ele compreende que precisa deixar a condição atual para trás para ocupar uma nova. Nesse sentido, o jovem adere aos papéis que o levará a ser como esse ou aquele adulto a quem valoriza e com o qual se identifica.

A esse respeito Berger e Luckmann (2013, p. 100) afirmam que “Ao desempenhar papéis, o indivíduo participa de um mundo social. Ao interiorizar estes papéis, o mesmo mundo torna-se subjetivamente real para ele”. Entretanto, esse entendimento não é completo, porque o sujeito não tem vivência suficiente para conhecer todas as possibilidades e os desafios que cada uma dessas possibilidades traz consigo, de forma análoga pode-se pensar num processo de trás para frente, no qual o adolescente primeiramente reconhece aonde quer chegar (quem ser), e posteriormente procura entender o caminho que o levará até esse lugar (o que fazer).

Em concordância com tal perspectiva Bohoslavsky (2015, p. 28) explica que “Para um adolescente, definir o futuro não é somente definir o que fazer, mas, fundamentalmente, definir quem ser, e ao mesmo tempo, definir quem não ser” (2015, p. 28). Nessa perspectiva, portanto, o jovem tem uma preocupação e um sentido valorativo mais forte com a forma como se vê do que propriamente com os elementos constituintes dessa representação social.

Em meio a tais questionamentos, sobre como equalizar o que tem vontade de ser, com o como fazer para atingir esse objetivo, surge um tema que é decisivo ao jovem, que é a futura carreira profissional, pois o mundo profissional será o ambiente no qual estas questões serão deflagradas. O adulto que o adolescente toma como referência tem uma profissão e isto é um dos fatores que o levam a valorizá-lo, e por isso querer ser como ele.

Não há nenhum adolescente que queira ser engenheiro “em geral” ou lanterninha de cinema “em geral” ou psicólogo “em geral”. Quer ser como tal pessoa, real ou imaginada, que tem tais e quais possibilidades ou atributos e que supostamente os possui em virtude da posição ocupacional que exerce (BOHOSLAVSKY, 2015, p. 28).

Também é possível observar que o trabalho proverá recursos financeiros que o tornará cada vez mais independente da família, fator que pode incomodá-lo, quando sua percepção é a de “[...] ficar preso a ela, motivado pela situação socioeconômica, por exigências profissionais ou escolares” (LEVENFUS; NUNES, 2010, p. 47). Todavia, não é somente no campo da autonomia financeira que esse processo se dá, mas também na perspectiva de que o jovem poderá ter acesso aos seus ideais, como debate a psicologia sócio-histórica ao explicar que “O conjunto de ideias produzidas pelo homem inclui crenças, valores e conhecimentos de toda ordem” (GONÇALVES, 2015, p. 49).

Dentro da presente discussão sobre as escolhas feitas pelo adolescente, o sujeito pode ser caracterizado como um indivíduo que não detém conteúdo para levar a frente o processo de escolhas; todavia, a psicologia sócio-histórica compreende que o jovem já traz consigo sua trajetória, portanto suas interpretações e decisões passarão necessariamente pelos seus valores naquele momento de vida. Sendo assim, é relevante deixar em aberto uma reflexão no sentido de que “[...] é preciso fazer a crítica a essas concepções que naturalizam a adolescência e passar a contribuir para a construção de uma perspectiva histórica” (AGUIAR; BOCK; OZELLA, 2015, p. 205).

Não obstante, a naturalização do adolescente impede que lhe seja atribuído reconhecimento, contexto no qual o jovem é desvalorizado perante a sociedade. Entretanto, este fator é relevante para os adolescentes, pois “Para eles ser alguém na vida significa ser reconhecido, ter o respeito da sociedade, ser enxergado e conhecido. Ser ouvido e respeitado. Ser valorizado [...]” (ALVES, 2013, p. 180).

Partindo dessa reflexão, identifica-se o adolescente como um sujeito social e histórico, detentor de suas impressões pessoais, percepções e dúvidas sobre o mundo, logo, se compreende um indivíduo que está inserido num processo de aprendizado que busca as respostas que o farão confirmar algumas de suas percepções e mudar outras. Esse processo de desenvolvimento e vivências pode facilitar suas escolhas, deixando-as mais claras.

A reflexão sobre questões como: que trabalho escolher? Que futuro quero para mim? O que será uma boa escolha? O que eu gosto? Possibilita a explicação das condições concretas presentes na vida do indivíduo, favorecendo o reconhecimento das determinações com as quais deve lidar (AGUIAR; BOCK; OZELLA, 2015, p. 213).

O processo de escolha profissional para adolescentes está sujeito a múltiplos fatores, tais como o gosto, a dúvida, a decisão, a escolha, a interferência financeira, o mercado, a informação, as influências, a influência dos pais, o autoconceito, a identificação e o vestibular (LEVENFUS; NUNES, 2015), dentre outros.

Observa-se, então, a importância da orientação profissional que “[...] pode ser realizada tendo por base teórica e prática os diferentes referenciais teóricos da psicologia” (SOARES, 2000, p. 24). Tal prática pode ser relevante no sentido de auxiliar os pais, afinal, “O que ocorre com um pai ou uma mãe de adolescentes quando estes estão no momento de escolha de uma futura profissão se eles próprios não sabem como fazer para garantir a sobrevivência da família [...]” (SOARES, 2000, p. 16). Refletindo sobre a evasão de jovens dos cursos superiores, se associou a escolhas passadas frágeis, afirmando-se que:

Esses dados nos assustam e mostram o quanto é urgente e necessário um trabalho de OP nas escolas, a fim de diminuir essas taxas e auxiliar os jovens a encontrarem o seu caminho sem tanta perda de tempo. É fundamental, também para a universidade, que seus alunos cheguem mais decididos e motivados e sigam seus estudos até a formatura, não os abandonando (SOARES, 2000, p.27).

Explica-se que “O espaço de atuação da orientação profissional [...]” está “contido em um campo de intermediação entre o indivíduo, o sistema educacional e o mercado de trabalho [...]” (LEHMAN, 2010, p. 20); todavia, introduzida orientação profissional no presente debate, é imprescindível considerar a evolução histórica do tema, pois se passa “[...] a trabalhar com problemáticas mais amplas, os quais não se atêm apenas a um momento da vida (jovens no final do ensino médio)” (LEHMAN, 2010, p.20). Dessa forma, a compreensão sobre a orientação profissional como prática junto aos jovens atravessa um período de transição, uma vez que:

Na área de Orientação Profissional, ocorre uma migração do paradigma primordial do desejo, da realização pessoal e da busca de identidade. Antes, a Orientação Profissional coincidia com um conjunto de práticas que tinham como perspectiva o ingresso no mercado de trabalho, ou seja, a transição da escola para o campo profissional; no entanto, agora, enfatiza-se o encaixe e a elaboração de projetos, no sentido da sobrevivência (LEHMAN, 2010, p. 20-21).

Ao se discutir sobre a orientação profissional como algo relacionado com projetos de vida, não se despreza a inserção no mercado de trabalho ou na universidade, mas, sim, procura-se ampliar a análise crítica sobre as escolhas, sobretudo dos adolescentes, no sentido de destacar a complexidade deste processo e a própria importância que reside no aprendizado de escolher a escolher, mesmo que a escolha em determinado instante seja não escolher coisa alguma, o que também é uma escolha.

Esta perspectiva pode preparar o indivíduo não somente para a escolha da profissão naquele momento histórico e social, mas para quaisquer outras escolhas que se fizerem necessárias ao longo da sua trajetória de vida.

O conceito de projeto refere-se a um homem que não está completamente determinado pelas circunstâncias, por seu passado e por seu presente. Pressupõe que o homem possa perceber, analisar e compreender sua situação passada e presente e, a partir dessa leitura, criar um projeto como intenção futura (UVALDO, 2010, p. 33-34).

A respeito da orientação profissional como prática, destacam-se três questões fundamentais, sendo a primeira delas: o significado da escolha profissional na vida do indivíduo. Observa-se que o significado se apresenta em caráter prioritário, enfatizando a importância de que a carreira profissional possa trazer para esse adolescente, no futuro, a realização de suas expectativas presentes. Os autores destacam ainda que “Nessa fase é importante que o jovem avalie o peso efetivo da escolha profissional na determinação de seu futuro e reflita sobre ele” (AGUIAR; BOCK; OZELLA, 2015, p. 215).

A segunda grande questão tratada por esses autores é o trabalho, voltando-se à necessidade de conhecimento das áreas profissionais, na perspectiva de que o adolescente precisa ser apresentado às profissões para que conheça com maior profundidade as características da rotina e também os desafios presentes em cada segmento profissional.

Observa-se que a perspectiva dos autores, nessa questão, é situar o jovem na realidade, procurando evitar que realizem escolhas fantasiosas que tragam frustrações futuras, como esclarecem os autores “Torna-se fundamental apontar para o jovem que a escolha profissional não é a escolha de uma faculdade, ou de uma carreira, mas de um trabalho” (AGUIAR; BOCK; OZELLA, 2015, p.217).

Por fim, é colocada a terceira grande questão por eles, que diz respeito ao autoconhecimento, o qual envolve o significado da profissão para o jovem, a compreensão sobre as profissões e o entendimento sobre si mesmo, fazendo com que a escolha se torne consciente, adquirindo o sentido integrativo que esses aspectos representam.

No que diz respeito ao autoconhecimento, é importante esclarecer que, ao longo de todo o processo, ele é trabalhado não simplesmente como identificação de aptidões, interesses e características da personalidade. Interessa-nos, fundamentalmente, ultrapassar a identificação desses aspectos pessoais e buscar a gênese do aparecimento de tais características (AGUIAR; BOCK; OZELLA, 2015, p. 218).

Em estudo desenvolvido na década de 1960, Bohoslavsky (2015) trabalha a orientação vocacional por meio da estratégia clínica que procura valorizar as experiências do jovem e suas expectativas utilizando os termos ‘escolha madura’ e ‘escolha ajustada’ para sintetizar esses elementos da seguinte forma:

Uma escolha madura é uma escolha que depende da elaboração dos conflitos e não de sua negação. É uma escolha que se baseia na possibilidade do adolescente de passar de um uso defensivo das identificações a um uso instrumental delas [...] Uma escolha ajustada é uma escolha na qual o autocontrole permite que o adolescente faça coincidir seus gostos e capacidades com as oportunidades exteriores [...] (BOHOSLAVSKY, 2015, p. 66).

Depreende-se dos estudos a importância da orientação no processo de escolha profissional do jovem. No entanto, faz-se necessário voltar o foco para o contexto majoritário que predomina no Brasil, no qual se observa ainda a escassez de disponibilidade desse serviço. “Devemos apontar que no Brasil ocorre um movimento diferente do de outros países, nos quais se concebe a Orientação Profissional principalmente relacionada à orientação escolar” (LEHMAN, 2010, p. 25).

É raro encontrar um serviço de orientação profissional em escolas do ensino médio, quer na rede pública quer na privada, de forma organizada e estruturada nos moldes aqui apresentados. Ao se distanciar dos grandes centros urbanos, tal constatação é ainda mais acentuada. Assim, apesar da evolução positiva do tema nos últimos 40 anos no país, pode-se considerar tímida a presença dessa prática mediante o tamanho do público do qual está se falando. Basicamente, a orientação profissional está disponível nas universidades que mantêm o serviço disponível para a comunidade por meio de seus núcleos de psicologia, como se pode citar, por exemplo, a USP, a PUC-SP, a UFRGS, a UFSC, dentre outras.

No Brasil, as questões referentes à Orientação Profissional são diagnosticadas e pesquisadas mais frequentemente nos Serviços de Orientação Profissional (SOPs) que possuíam, desde seu início, objetivos ligados à formação dos profissionais e que, em sua maioria, estavam inseridos em universidades, com dupla função – tanto de atendimento à comunidade quanto o de treinamento de futuros profissionais na área, visando a pesquisa e à produção de conhecimento em Orientação Profissional (LEHMAN, 2010, p. 26).

É nesse contexto que se pretende estudar o ambiente socioeconômico de um município localizado na Região Metropolitana do Vale do Paraíba Paulista e Litoral Norte, em uma escola pública estadual, com alunos do ensino médio com vistas a compreender de que forma as condições sociais e econômicas presentes nessa sociedade podem levar a um entendimento sobre as escolhas profissionais dos jovens que cursam o ensino médio, salientando que, nessa escola, não existe a prática da orientação profissional. Portanto, espera-se conhecer o processo de escolha profissional dos adolescentes sem interferências de apoio, mas acontecendo de forma inteiramente espontânea, de acordo com o perfil do município estudado.

 

2 Metodologia

Para obter um instrumento que pudesse atender aos objetivos da pesquisa, foi elaborado um questionário com 54 perguntas fechadas. Para calibrar esse instrumento de coleta de dados tendo em vista a numerosa população do estudo, optou-se por realizar um piloto com 17 adolescentes do ensino médio, o que representa aproximadamente 5% da amostra integral. A pesquisa de natureza quantitativa “considera o que pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las” (KAUARK, 2010, p. 26-27).

Essa aplicação de questionário em menor escala oportuniza a calibração antecipada e criteriosa do instrumento para a aplicação em maior escala, além de possibilitar a análise dos dados dessa amostra para disseminar conhecimento sobre a escolha profissional para adolescentes de um município da Região Metropolitana do Vale do Paraíba Paulista e Litoral Norte.

Os questionários constituem importante instrumento de coleta de dados, e é essencial em grande parte das pesquisas científicas e não científicas ao redor do mundo. “A elaboração de um questionário consiste basicamente em traduzir os objetivos específicos da pesquisa em itens bem redigidos” (GIL, 1991, p. 91).

Entende-se que por meio dos dados coletados foi possível levantar material suficiente para alcançar esses objetivos. Após a análise desses dados foi realizado o ajuste do questionário conforme os resultados observados no pré-teste.

2.1 Pré-Teste

Deve-se ter atenção com a elaboração do questionário, pois uma parcela importante dos resultados do trabalho de pesquisa está comprometida com a coleta de dados. Por isso, o planejamento detalhado é necessário e faz parte dessa estratégia aumentar a confiabilidade do instrumento por meio de pré-teste.

[...] os questionários, principalmente se forem usados para pesquisa de levantamento grandes, são uma tentativa única de coleta de dados. Portanto é essencial que sejam precisos, claros e simples de responder. [...] é vital testar. Uma testagem bem feita reduz a incidência de não resposta ao questionário (GRAY, 2012, p. 291).

Com base nessas premissas o instrumento questionário foi planejado pelo pesquisador junto à orientadora tendo por base os objetivos específicos da pesquisa real: a) Apreender os sentidos e significados atribuídos pelos jovens à escolha profissional; b) Identificar os principais aspectos ligados à escolha profissional do adolescente; c) Conhecer, no adolescente, quais são seus principais projetos de vida, vinculados à escolha profissional.

Depois da elaboração do questionário houve a identificação do lócus da pesquisa e o primeiro contato para abordagem sobre a coleta de dados junto à diretora da escola.

Em seguida foram identificadas, juntamente com a diretora da escola, quais seriam as salas que tinham alunos que atendessem o perfil buscado para a participação no estudo.

Devido à existência de número suficiente de alunos com o perfil adequado à pesquisa, decidiu-se aplicar o questionário pré-teste na mesma escola, no entanto, tomando o cuidado de selecionar um grupo aleatório que fosse representativo do perfil da coletividade da escola e que não participasse da etapa posterior quando o questionário ajustado fosse aplicado.

Mediante o consentimento da diretora foi agendada a aplicação do questionário. Neste dia o pesquisador apresentou os seguintes documentos:

• Termo de Autorização da Instituição Escolar (cujo conteúdo explicava os objetivos e as responsabilidades dentro da pesquisa, com a autorização expressa da unidade escolar para aplicação do questionário);

• Termo de Assentimento (convite para participação voluntária na pesquisa, garantindo-se aos participantes o sigilo e o anonimato e o direito de se retirar o consentimento em qualquer tempo);

• Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (convite para participação voluntária na pesquisa, garantindo-se aos participantes o sigilo e o anonimato e o direito de se retirar o consentimento em qualquer tempo);

Na oportunidade, todos os sujeitos foram notificados formalmente, como também foram esclarecidas as dúvidas sobre os objetivos da pesquisa e do teste piloto, os procedimentos e os benefícios decorrentes da participação dos respondentes. Além disso, receberam orientações sobre o sigilo e as possíveis formas de divulgação dos dados tais como: publicação em periódicos e/ou apresentação de eventos científicos.

 

3 Análise dos dados do questionário – Pré-Teste

O questionário sugerido e aplicado em caráter de pré-teste tem no primeiro bloco as questões de 1 a 35 que compõem um conjunto de perguntas de cunho socioeconômico, mas também com abordagens importantes que envolvem o uso de computador pelos jovens de forma geral.

Através da questão 23 constata-se que a totalidade dos jovens pesquisados tem acesso à Internet, a única questão que obteve toda a amostra respondendo a mesma alternativa. Além disso, é importante ressaltar, enquanto questionário socioeconômico que 17% dos jovens são filhos únicos, 12% tem 1 irmão, 18% tem 2 irmãos, 41% tem 3 irmãos e 12% tem 4 ou mais irmãos conforme a Figura 1.

figura1

As famílias dos jovens têm renda de até 1 salário mínimo em 35% dos casos, 41% de 3 a 10 salários mínimos, e 24% acima de 10 salários mínimos, conforme mostrado na Figura 2.

figura2

Nas questões 7 e 8 identifica-se a formação escolar dos pais dos jovens, sendo que 3% não tem nenhuma escolaridade, 9% tem o ensino fundamental parcial, até o 5º ano, 39% tem o ensino fundamental completo, outros 39% têm o ensino médio completo e por fim, 10% tem curso superior, conforme Figura 3.

figura3

No bloco de questões relativas à contribuição da escola no ensino médio para levar os alunos a refletirem sobre a realidade social brasileira, que tiveram abrangência nas perguntas do intervalo de 36 a 43. A Figura 4 mostra que 28% dos jovens optaram pela alternativa "e" que dava conta de não saber informar, enquanto 7% dos jovens não veem contribuição alguma, 12% entendem que há uma pequena contribuição, 27% entendem que há contribuição parcial, por fim, 26% entendem que há ampla contribuição. Essa distribuição das respostas evidencia uma divisão do grupo de jovens pesquisados praticamente ao meio, sendo que 47% que são representados pelas alternativas "c", "d" e "e", percebem a escola como não contribuinte para o auxílio num posicionamento reflexivo sobre a realidade social brasileira, na medida em que essas alternativas remetem aos critérios baixos ou duvidosos. Por outro lado, 53% avaliam de forma positiva esse aspecto, com contribuição parcial ou ampla da escola.

figura4

O grupo de questões de 44 a 53 discorrem sobre as condições de ensino voltadas para os métodos e capacitação dos professores, além da visão global sobre o curso. As opiniões dos jovens se dividem de forma bastante pulverizada sem a caracterização de homogeneidade do grupo em torno de tendências claras.

Como destaque desse grupo de perguntas, é relevante a análise da questão 51 que fala sobre "Qual você considera a principal contribuição do curso para seu futuro profissional?", sendo que a alternativa "a. A obtenção de diploma do ensino médio" representou 71% das respostas, como pode ser visto na Figura 5, o que denota certa contradição dos indivíduos, sobretudo no que diz respeito ao ensino médio como base fundamental para a continuidade da formação, tanto escolar como cidadã, haja vista 70% do grupo responder na questão 54 que pretende ingressar em algum curso superior. Outros 21% dos jovens optaram pela aquisição de cultura geral, enquanto nenhum dos respondentes optou pelas alternativas "c" e "d", relativas, respectivamente, à aquisição de formação teórica e melhora na perspectiva de ganhos materiais.

figura5

A questão 54 aborda a perspectiva do jovem do ensino médio sobre seu futuro profissional. Na Figura 6, observa-se que 70% dos jovens pesquisados pretendem dedicar-se aos estudos e prestar vestibular para cursos superiores, enquanto 18% pretendem trabalhar em empresa privada, 6% se dedicará a concurso específico para uma instituição pública e 6% não se decidiram até o presente momento. Nenhum jovem optou pelas alternativas ‘a.’ e ‘b.’ que situavam sujeitos que já trabalham e que pretendem permanecer nos seus empregos atuais ou mudar de emprego, respectivamente, por isso, estas alternativas não aparecem no gráfico.

A parcela dos jovens que pretende trabalhar em empresas privadas não declarou no questionário se tem alguma empresa específica em mente. Dentre aqueles que pretendem ingressar em cursos superiores, uma parte tem como objetivo cursos de Engenharia e Administração, portanto, a empresa privada pode vir a ser a opção futura.

figura6

A Figura 7 refere-se aos 70% dos jovens que responderam a alternativa "c" na questão 54 e por isso demonstram interesse em fazer curso superior. Essa figura mostra que 31% dos jovens pretendem cursar algum ramo da Engenharia, outros 31% pretendem cursar Direito, 7% tem como objetivo a Biologia e neste caso também houve menção no questionário sobre a possibilidade da Enfermagem Veterinária, 8% pretendem Artes Cênicas, 8% querem ingressar na Administração, enquanto 15% pretendem o curso de Medicina.

Conforme observado acima, as opções pelos cursos de Engenharia e Administração, somam juntos 39% das respostas, o que pode remeter ao ingresso futuro em empresas privadas, enquanto 61% dividem-se entre as áreas das Ciências Humanas e Biológicas. Ao estabelecer uma relativização do percentual mostrado na Figura 7 para os 39% que pretendem cursar Engenharia ou Administração, o resultado absoluto perante a amostra total da questão 54, é de aproximadamente 27%, dessa forma, temos por fim a seguinte distribuição: 45% pretendem ingressar em empresas privadas imediatamente após o ensino médio ou podem vir a ingressar em empresas privadas após o curso superior, 6% pretendem a área pública, 6% ainda não se decidiram e 43% terão grande possibilidade de atuar de forma autônoma como prestadores de serviço em virtude das carreiras pretendidas, tais como a Medicina, a Biologia/Enfermagem, o Direito e as Artes Cênicas.

figura7

A amostra foi composta por 17 jovens, sendo 11 do sexo masculino e 6 do sexo feminino, sendo a escolha dos participantes feita pela coordenação da escola de forma aleatória dentre os 3 anos do ensino médio no período matutino. Na observação do pesquisador, no ato do preenchimento do questionário nas dependências da escola, foi verificado que o tempo para preenchimento do questionário variou de 13 a 20 minutos, o que foi considerado adequado para não levar à exaustão os pesquisados, condição que pode comprometer a qualidade dos dados, logo, dos resultados da pesquisa. A quantidade de dúvidas, durante a aplicação do questionário, foi considerada baixa, com algo em torno de 4 abordagens dos jovens para o pesquisador. Levando em consideração a participação de 17 respondentes e o questionário com 54 questões, a resultante das variáveis são 918, variações essas que podem ser geradoras de dúvida, o que, no entanto, não ocorreu, comprovando a estabilidade do instrumento.

3.1 Ajustes do Questionário – Pré-teste

A aplicação do questionário com perguntas fechadas, em caráter prévio para amostra reduzida, mostrou-se valiosa em função das possibilidades de análise crítica que permitiu, e possibilitou ao pesquisador maior confiabilidade e segurança no avanço da coleta dos dados e conseguinte evolução do estudo.

A maior frequência de respostas em branco se deu com as questões 13 e 14, com 4 incidências cada, seguidas da questão 30, com 3 incidências cada e as questões 8, 15, 25 e 32 com duas incidências cada. As questões 14, 16, 20 e 46 tiveram uma incidência de dupla resposta cada, portanto foram anuladas pela impossibilidade de tabulação, assim como a questão 18 com duas incidências. Foi possível observar durante a aplicação do questionário pouca familiaridade com o termo "microcomputador", linguagem que parece estar em desuso na atualidade, sendo muito mais coloquial somente o termo computador. Alguns jovens não sabiam o significado das palavras "matutino" e "vespertino" presentes na questão 53.

Mediante as observações realizadas, foram feitos os seguintes ajustes:

• Exclusão das questões 13, 14, 25, 30 e 32;

• Manutenção das questões 8 e 15, com adaptações à questão 15;

• Alteração da palavra “microcomputador” para “computador” em todas as questões em que estiver presente;

• Adaptações à questão 53 quanto aos termos “matutino” e “vespertino”;

Foram realizados os ajustes necessários, e entende-se que o instrumento está devidamente eficaz para atender aos objetivos e o problema da pesquisa.

 

Considerações Finais

Por meio das contribuições teóricas debatidas neste estudo, foi possível identificar alguns elementos do processo de escolha da profissão pelos adolescentes. As mudanças características do período de transição da adolescência coincidem com a fase de conclusão do ensino médio e com isso a necessidade de decidir sobre continuar os estudos através de um curso superior ou procurar trabalho imediatamente, e se a decisão for pela faculdade, a que se escolher o curso, o que pode implicar questões financeiras, mudar-se para fora da cidade, tentar o ingresso nas universidades mais conceituadas, etc.

Em meio a tantas escolhas o jovem busca referências nos indivíduos adultos, procurando projetar seu futuro como profissional. Concomitantemente, as experiências já vivenciadas pelos jovens conferem a eles a possibilidade de escolherem com base no que ouviram os professores falarem sobre as profissões, sobre o que os pais esperam deles como futuros profissionais e o que o mercado de trabalho impõe como prerrogativas para quem pretende construir uma trajetória profissional bem-sucedida.

Dessa maneira, os adolescentes consideram os aspectos sociais e econômicos sob os quais ele está submetido para elaborar alternativas que permitam a ele, buscar seu projeto de vida, que invariavelmente, unirá questões de ordem financeira como a remuneração que permitirá a melhoria da qualidade de vida, bem como suas idealizações sociais.

Também foi observada a relevância das iniciativas de orientação profissional que tem a possibilidade de não só dar instrumentos para o jovem escolher sua futura profissão, mas também de prepará-lo para uma vida de sucessivas escolhas. No entanto, constatou-se que o exercício da orientação profissional no Brasil ainda é tímido no que tange à disponibilidade do serviço se comparado com a demanda existente.

Sobre o instrumento pré-teste, sua aplicação trouxe dados que auxiliaram a análise inicial do tema e possibilitou apreender os fatores com os quais o adolescente está implicado. Mais da metade dos jovens têm dois irmãos ou mais, dessa forma, vivem numa casa com cinco pessoas ou mais, considerando ele e os pais. Também foi evidenciado que mais de dois terços dos jovens vivem em famílias com renda abaixo de três salários mínimos. Somente 10% dos jovens disseram ter pais com curso superior e 39% com ensino médio, portanto, praticamente a metade dos adolescentes tem pais que não conseguiram concluir o ensino médio.

Do total pesquisado, 71% dos sujeitos declararam que o maior objetivo de cursar o ensino médio foi pela obtenção do diploma, enquanto ao serem perguntados sobre a contribuição que a escola lhes deu no sentido de desenvolverem sua capacidade crítica sobre assuntos de grande importância para o Brasil, os jovens praticamente se dividiram em dois grupos, os que concordam e os que discordam desta perspectiva.

Tais dados remetem a reflexão do presente estudo a uma condição de vulnerabilidade socioeconômica que exerce impacto sobre a capacidade do jovem em suas escolhas profissionais. Todavia, apesar disso, 70% dos jovens pensam e se preparam para prestar o vestibular e tentarem o ingresso na faculdade, o que revela o empoderamento desta geração que não se vê impedida de fazer projetos de vida apesar das condições de contorno desfavoráveis.

Com isso, o pré-teste criou condições para que a pesquisa obtivesse dados preliminares que serviram de indicativo positivo no que se refere ao plano elaborado para a coleta dos dados que responderão aos objetivos da dissertação de mestrado em desenvolvimento. Dessa forma, foi realizada a calibração do questionário com ajustes feitos a partir das observações na aplicação do pré-teste e na análise das respostas.

Conclui-se, portanto, que o objetivo deste trabalho foi alcançado na medida em que o instrumento pré-teste trouxe as contribuições esperadas para a pesquisa, tanto no tocante à testagem do questionário elaborado, quanto na confirmação da relevância dos dados obtidos para a reflexão sobre o tema.

 

Referências

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Recebido em 19/08/2016
Aceito em 16/11/2016

 


Revista Científica On-line Tecnologia – Gestão – Humanismo - ISSN: 2238-5819
Faculdade de Tecnologia de Guaratinguetá
Revista v.6, n.2 – novembro, 2016